terça-feira, 13 de junho de 2017

“Namorar é para casar e casar é para namorar”, diz Elizete Malafaia

“Casar é decidir amar alguém de forma muito especial e juntos construírem uma história digna de ser contada”, afirmou a terapeuta de casais.

A construção de um casamento começa no namoro. Elizete Malafaia, esposa do pastor Silas, sempre relata em suas palestras que “namorar é para casar e casar é para namorar”.
Neste Dia dos Namorados, a pastora faz uma reflexão sobre a união matrimonial. “Falar de casamento é falar de um modelo adulto de intimidade, de uma espécie de separação (deixa) e união (une-se) que faz parte do modelo adulto da nossa estrutura”.
Elizete acredita que a geração de filhos, sobrevivência da espécie, dependência e complementação no outro, unem-se em um único conceito e juntos “conduzem o ser humano através dos tempos a uma economia sócio-comportamental ideal: a família”.
Ela mencionou o Dr. Carl A. Whitaker, que ao participar do congresso internacional realizado pela Sociedade Italiana de Terapia Familiar, em Roma, Itália, comentou que é necessário primeiramente conhecer o ser humano, para depois comentar sobre a união de dois indivíduos.
“É óbvio pensar que o ser humano sofre de uma deficiência, do ponto de vista biológico: sozinho, não tenho possibilidade de continuar no tempo, sou excluído. Não posso me reproduzir”.
Para o doutor essa ausência é que estimula o desejo pelo outro. Ele ainda acredita que “o que está por trás do casamento é que eu sou um indivíduo em que falta alguma coisa”.
Para Elizete, mesmo com a existência de crises entre os casais, as estatísticas epidemiológicas demonstram que as pessoas casadas vivem melhor, sob qualquer ponto de vista, do que as pessoas divorciadas ou viúvas. “Isso vale para o índice de mortalidade, drogas, alcoolismo, estado de defesas imunológicas, número de infartos, câncer, suicídios, etc”.
As pesquisas sobre satisfação da própria vida, sobre dedicação e sucesso profissional, as pessoas casadas têm resultados melhores do que as pessoas sem parceiros. “Diante desta constatação, posso afirmar que o casamento ainda vale a pena”, declarou a pastora.
A terapeuta de casais espera que as pessoas compreendam que é possível estar casado e ser feliz. “Casar é decidir amar alguém de forma muito especial e juntos construírem uma história digna de ser contada”.
fonte:noticias.gospelprime.com.br
(verdade gospel)

Gilmar Mendes quer proibir igrejas de lançar candidatos

Após as votações desta semana, o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ganhou grande destaque. Acabado o julgamento de Temer, o presidente Gilmar Mendes, diz que a Corte se dedicará a estudar mecanismos para bloquear o que considera abuso do poder econômico e a influência das igrejas nas eleições.
“Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal, hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne cem mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. Estamos discutindo para cassar isso”, afirmou Mendes em entrevista recente.
O magistrado acredita que há um potencial para abuso de poder econômico, uma vez que esse tipo de doação é de “difícil verificação”. Ele diz estar preocupado com o uso da estrutura física das igrejas para influenciar as eleições. “Outra coisa é pegar o dinheiro da igreja para financiar [campanhas]. Se disser [para o fiel] que agora o caminho para o céu passa pela doação de R$ 100, porque eu não vou para o céu?”, ironiza.
Contudo, o STE ainda não esclareceu quais medidas poderia aplicar, uma vez que ainda existe lei sobre o tema no país. Via de regra, a Justiça Eleitoral trata os casos de abuso religioso como outras formas de irregularidade, equiparando-a ao abuso de poder político, por exemplo.
Uma vez que não existe uma norma clara, a investigação se torna difícil, pois esse é um “crime” que sequer existe formalmente.
Gilmar Mendes não é o único que pensa assim. O vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino já pediu ao TSE que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella fosse condenado por abuso de poder religioso. Durante a campanha a governador em 2014, o bispo licenciado da Igreja Universal foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de usar a estrutura do templo da igreja em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, como comitê.
Foram encontrados no local milhares de fichas cadastrais que traziam a indicação de páginas de Crivella na internet. Junto estavam centenas de formulários pastorais, alguns já preenchidos por fiéis da igreja, que traziam um campo específico para ele colocar o número do título eleitoral.
No parecer enviado ao TSE, Dino escreveu que era “fundamental coibir a prática do abuso do poder religioso, isto é, a exploração do discurso litúrgico para supressão da autonomia política de fiéis, comumente obsequiosos às orientações clericais”. Três anos depois, o caso ainda aguarda apreciação do ministro Herman Benjamin, do TSE.

Investigação difícil

Em entrevista à Gazeta do Povo, a professora da FGV Direito Rio, Silvana Batini, explica que é bastante difícil fazer uma investigação profunda para comprovar a influência de lideranças religiosas no voto.
Por exemplo, com a proibição de doações de pessoas jurídicas, após as descobertas de irregularidades apontadas pela operação Lava Jato, os membros de uma igreja poderiam ser pressionados por líderes religiosos a doar diretamente para seus candidatos. Se isso ocorrer, haveria a caracterização do crime de abuso econômico, na forma de abuso de poder religioso.
Batini reclama que poderia haver ainda outros tipos de abuso. Se um pastor afirmar que o fiel precisa votar em determinado candidato alegando que é o que “Deus quer”, isso pode caracterizar abuso de poder político, acredita.
Diante dessas situações, é possível que a Justiça Eleitoral estabeleça novos parâmetros para julgamentos onde o abuso religioso esteja configurado.
fonte:noticias.gospelprime.com.br