domingo, 19 de janeiro de 2014

O Problema da Murmuração


6A obediência precisa ser aprendida. Precisamos crescer na obediência. O primeiro estágio é simplesmente fazer o que foi ordenado, mas Jesus disse que, se fizermos apenas isso, somos servos inúteis (Lucas 17.10). Somos obedientes, mas inúteis. Precisamos ir além. Como? Podemos tomar iniciativas próprias, podemos fazer mais do que aquilo que foi exigido, mas vejamos outro detalhe sutil:
• Muitas vezes obedecemos reclamando
Precisamos vencer esse mal. Um dos maiores problemas de Israel no deserto foi a murmuração. Viviam reclamando de tudo, reclamando do líder, reclamando de Deus. Observe que “murmuração” significa “falar baixo”. A murmuração é aquele tipo de reclamação às ocultas, aquela queixa que não produz nada além de disseminar um descontentamento geral.
Qual é a causa da murmuração? A insatisfação. Esta não pode ser simplesmente proibida ou ignorada. É como a ira, um sentimento espontâneo que podemos controlar, mas não anular. Ela existe e persiste. O que fazer então? Precisamos examinar a raiz de nossa insatisfação. Ele provém de um desejo. Tal desejo é legitimo? É egoísta ou de interesse do grupo?
Nossa insatisfação pode nascer do egoísmo. Então, nada nos resta senão obedecer e calar. Nada de murmuração. A insatisfação pode nascer também de um desejo bom, legítimo e importante. Então, devemos transformar nossa insatisfação numa contribuição para o grupo. Devemos levar ao conhecimento do líder a nossa opinião afim de que todos possam ser beneficiados. Vamos direcionar nossa energia para que o grupo possa melhorar seus planos e seu trabalho. Um dos motivos da insatisfação pode até ser um erro do líder (Eclesiastes 10.5).
A murmuração é pecado e pode trazer muitas consequências ruins. Se o pecado aconteceu, podemos reconhecer e pedir perdão, ou guardá-lo e sofrer as consequências. Mesmo sendo confessado e perdoado o pecado pode trazer consequências. Por isso ele é tão maligno (Provérbios 18.19).
Algumas vezes ficamos insatisfeitos por motivos particulares, mas precisamos lembrar que tudo é feito visando o objetivo do grupo. Podemos conversar com o líder com todo respeito, expondo nosso parecer, mas a decisão é do líder. Contudo, lembre-se de que o grupo não gira em torno de um indivíduo. Nem todas as nossas preferências serão atendidas em todo tempo. Porém, o nosso pedido pode ser de interesse geral e até favorável ao alcance do objetivo comum.
Quando um interesse é levado ao conhecimento do líder, ele pode ouvir e aplicar, ou não aplicar por não ser algo bom, ou não aplicar por não existirem recursos. Os liderados precisam também compreender as limitações do líder e do próprio grupo. Os israelitas no deserto estavam exigindo de Moisés muito mais do que aquilo que ele poderia oferecer. Ao invés de esperarem a chegada a Canaã, já queriam desfrutar de tudo no meio do caminho.
Deus é líder perfeito e infalível, mas ainda assim ele nos ouve e às vezes muda situações (Abraão diante de Sodoma, Moisés ao pé do monte Sinai, Jesus no Getsêmani). Quanto mais nas relações humanas deve haver esse diálogo. Nossa posição em relação a Deus nunca vai mudar. Sempre seremos seus filhos e seus servos, submissos a ele. Nas relações humanas, entretanto, nossas posições são alternáveis, exceto em algumas sociedades organizadas em castas. Quem é líder hoje poderá ser liderado amanhã e vice-versa. Por isso, Paulo disse que devemos nos sujeitar uns aos outros.
Extraído da apostila: Autoridade Espiritual – Centro de Treinamento de Líderes (CTL) – Escola Ministerial Paz (EMP)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Paixão Gera Multiplicação


2Se você não é apaixonado pelo que faz, dificilmente irá longe com isso. Na estratégia de Célula não é diferente. Estar motivado, empolgado, entusiasmado e apaixonado é umas das características dos que obtiveram sucesso.
Não somos especialistas em Células, nem profundos conhecedores, ou mesmo alguém que julga ter uma grande experiência (um pouco de experiência, talvez), mas podemos afirmar uma coisa: Só uma pessoa que ama, e é apaixonada pela visão de Célula tem êxito nessa visão.
Queremos ser lembrados como líderes que acreditam e que estão sempre empolgados com a visão da igreja nos lares. Cremos que é exatamente isto que vai fazer a grande diferença.
Na verdade, a paixão vai determinar, mais do que imaginamos, o nosso sucesso ou fracasso. O que importa não é se você tem vasto conhecimento do assunto, se já leu muitos livros, ou se participou de muitas conferências sobre o tema. O que importa é se você ama a visão e acredita de todo o coração que Célula está no coração de Deus, e que é o Seu desejo para a igreja de hoje. Ser um líder empolgado é fundamental para dar certo.
Deus criou o homem como um ser motivacional. Nós funcionamos melhor quando estamos motivados. Um homem não realizará nada sem motivação, assim como o barco não navega sem o motor, e um balão não sobe sem gás. Na verdade, a motivação é uma condição exigida para a experimentarmos o êxito e avançarmos em Deus.
Precisamos estar motivados para cumprirmos o propósito profético de Deus e assim glorificamos a Deus com a nossa vida. A motivação é para todos nós a força geradora em nossas realizações. Uma pessoa motivada vai a qualquer lugar e faz qualquer coisa. Em contrapartida, o oposto também é verdade. Isto se aplica a tudo na vida, inclusive ao trabalho que fazemos para Deus.
A motivação foi critério primordial na vida e no chamado de muitos homens na Bíblia. Veja alguns exemplos:
1. O exemplo de Josué: A primeira coisa que Deus teve que fazer foi lidar com a questão da motivação de Josué (Josué 1.1-9):
“Depois da morte de Moisés, servo do Senhor, disse o Senhor a Josué, filho de Num, auxiliar de Moisés: Meu servo Moisés está morto. Agora, pois, você e todo este povo, preparem-se para atravessar o rio Jordão e entrar na terra que eu estou para dar aos israelitas. Como prometi a Moisés, todo lugar onde puserem os pés eu darei a vocês. Seu território se estenderá do deserto ao Líbano, e do grande rio, o Eufrates, toda a terra dos hititas, até o mar Grande, no oeste. Ninguém conseguirá resistir a você, todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Seja forte e corajoso, porque você conduzirá esse povo para herdar a terra que prometi, sob juramento, aos seus antepassados. Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar. Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.”
2. O exemplo de Gideão: ”O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6).
3. O exemplo de Elias: ”Sai da caverna”. O Senhor não pode fazer nada enquanto permanecemos desanimados (I Reis 19).
4. O exemplo de Timóteo: (II Timóteo 1. 6-7):
“Por essa razão, torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”.
Quando perdemos a motivação, perdemos a escalada para o sucesso.
COLOQUE MAIS ENTUSIASMO EM SUA VIDA!
O que fazer quando perdemos a motivação, a empolgação, o entusiasmo e a paixão? Em inglês usa-se a expressão burnout para descrever quando uma pessoa se encontra no estado de total desânimo.
Algum tempo atrás estudamos sobre o que leva uma pessoa a perder o entusiasmo por algo tão empolgante, e chegamos ao seguinte entendimento: A perda da motivação ocorre por vários fatores, e não vamos adentrar nesse mérito agora, porém, uma das razões é o que chamamos de quebra de princípios. Se seguirmos quebrando princípios na nossa vida, mais cedo ou mais tarde, o motor vai fundir e vai “bater biela”.
Aprendemos que seguir e obedecer alguns princípios é a grande sacada para colocar mais entusiasmo na vida e manter-se sempre entusiasmado, além de ser a melhor maneira de resgatar o entusiasmo perdido.
DICAS PARA OBSERVAR AO LONGO DA VIDA QUANTO À MOTIVAÇÃO
Cultive diariamente o hábito de uma boa vida devocional com o Senhor
Desenvolva um tempo regular de adoração, e você com certeza será refrigerado. Não existe nada mais poderoso do que isso. Exemplo Davi em Ziclague (I Samuel 30).
Descubra para quê Deus o criou
Quem não sabe para quê foi criado, vive uma vida monótona e sem graça. Você sabe o que Deus lhe chamou para fazer? Quem não sabe o que precisa ser feito, não tem empolgação para fazê-lo. Noé tinha uma arca para construir; Moisés devia libertar o povo e levá-lo para Canaã; Josué precisava conquistar a terra; Calebe queria tomar Hebrom; Ester, salvar os judeus; Neemias, reconstruir os muros. E você?
Aprenda a se desvencilhar do peso ministerial e circunstancial
Aprenda a lançar todo peso e ansiedade ao Senhor. Lembre-se do cântico que diz: “É meu, somente meu, todo trabalho, e teu trabalho é descansar em mim”. Não seja um crente Maguila, que só vive em luta.
Mantenha equilíbrio entre vida ministerial, trabalho, estudo e família
Separe um tempo semanal para lazer com sua família, longe do seu lugar de trabalho. Descubra seu passatempo favorito e gaste algumas horas por semana. Procure envolver seu cônjuge também.
Não esqueça que você não é o salvador do mundo
Não tente ser Deus na vida das pessoas. Seu papel como líder não é resolver os problemas de todas as pessoas debaixo da sua liderança. Nunca esqueça que ninguém muda ninguém! Portanto, não tente ser Deus para mudar seu cônjuge, suas ovelhas, seus discípulos. Apenas fale com quem pode e sabe mudá-los.
Tenha pelo menos um amigo íntimo
Pode ser o seu discipulador e mentor, mas alguém com quem você possa compartilhar sua vida intimamente, seus pecados e suas tentações. Pecado não confessado, para quem teme a Deus, é o maior dreno do entusiasmo.
Confesse seus pecados
Seja transparente com sua liderança sobre os seus sentimentos, suas tentações e pecados. Nada deixa a vida mais pesada e sem sabor do que pecados não resolvidos. Nada drena mais nosso ânimo e vigor do que pecado escondido.
Leia livros de inspiração e ouça mensagens e pregações de encorajamento frequentemente
Resolva os relacionamentos quebrados
Tire férias (Marcos 6.30-32)
3D Livro Sua Igreja em Celulas NE

Extraído do Livro “Sua Igreja em Células: Formando Líderes com Excelência” – Sabá Liberal & Abe Huber, Editora Premius, 2011.

Evangelho Simples e Verdadeiro

Iniciamos um novo ano com as cenas e os fatos do passado. Alguns problemas parecem ser flashbacks: são enchentes, soterramentos, artistas que adoecem, escândalos políticos, e agora um terremoto. Vários fatos foram destaque nesse novo ano, porém todos, apesar da dor e do sofrimento daqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente, vão cair em um só tema: o mundo necessita da esperança e das boas-novas do Cristo vivo.
Muitas das catástrofes têm um só foco: a degradação sócio-política não só do nosso país, mas também de todo o mundo. O que dizer das enchentes e dos soterramentos em Angra dos Reis, ocorridos em áreas de mananciais, locais esses proibidos para construções, porém pousadas, hotéis e mansões tinham o alvará expedido pelo governo do Estado? Após a catástrofe, todos fogem. Não há um governante sequer que assuma que liberou as construções. Com isso, jovens, velhos e crianças são ceifados em mais uma catástrofe.
Nessa última semana, o mundo se chocou com o terremoto no Haiti. Novamente muita dor e comoção internacional. O mundo se desdobra para enviar equipes de socorro e donativos para socorrer uma das nações mais pobres do mundo. No Haiti, a essência de todos os problemas também está focada através da degradação histórica de uma nação que não consegue se encontrar na sua realidade política.
Tanto no Brasil como no Haiti o sofrimento e a dor estão focados nos problemas sócio-políticos.
Fiquei a pensar nesses dias: em meio a tantas dores, pessoas vivendo à margem de tudo o que há na sociedade, o que leva um pastor que diz amar as almas, que tem o interesse em pregar o Evangelho em todo o mundo, a adquirir um avião de 12 milhões de reais? Será que esse avião será usado para levar donativos, ou para uma grande cruzada em Angra dos Reis ou até mesmo em Porto Príncipe?
Algo está errado. Eu creio em uma vida próspera, mas creio numa prosperidade que não ultrapasse os limites da vaidade. Quando a prosperidade produz luxo, ao ponto de ser usada como o único foco de testemunho de um programa de televisão diário, aí estamos no terreno da vaidade, e a Bíblia nos diz que vaidade mais vaidades para nada se aproveita.
O mundo está necessitando de um Evangelho puro e simples, sem luxo, sem vaidades. Jesus, ao exemplificar todas as riquezas de Salomão, fez uma comparação pura e simples com as flores do campo, e ainda destacou que Salomão, mesmo com todas as suas riquezas, jamais se vestiu como elas. A grande questão é que no Evangelho puro e simples há a necessidade de se esperar pelo tempo, pois nada é como o homem quer, mas sim na vontade de Deus, pois o Evangelho puro e simples foca o caráter, foca a transformação real interior, que se manifesta no tempo de Deus. Não é estar mal-vestido hoje, desempregado, sem dinheiro no bolso e amanhã, num piscar de olhos, adentrar a igreja com roupas de marca, carro importado, testemunhando ser um empresário. No Evangelho puro e simples a transformação é no caráter. Leva tempo, pois exige renúncias. Aquele que mente, não minta mais. Aquele que rouba, não roube mais. Aquele que adultera, não adultere mais.
No Evangelho puro e simples, corações de pedra são transformados em corações de carne. Mortos-vivos passam a viver movidos pelo vento do Espírito que provém de Deus.
Está difícil encontrar esse Evangelho. Está difícil encontrar pregadores que acreditam nesse Evangelho, onde a vontade de Deus é que prevalece. Muitas denominações se perderam em meio ao Evangelho empresarial, e se deixaram levar pelas metas que vão de valores financeiros a número de membros, transformando muitos pastores e pastoras em verdadeiros agentes do “baú da felicidade”.
Com isso, temos aí o Evangelho imediato. Se não há milagres, se não há emoção, se não há fogo, vento e fumaça Deus não está no negócio. Porém, os Evangelhos nos dizem totalmente o contrário.
Ouvimos programas de rádio, de tevê, e não ouvimos sequer o pregador citar um salmo. São pedidos de ofertas, são apelos de compras, e com isso o tempo está passando. Acho que é por isso que o Ap. Paulo citou, por diversas vezes, pregar um outro Evangelho, não o Evangelho de fariseus e saduceus.
Em meio a tantos fatos, creio estar vivendo e acreditando em um outro Evangelho, muito além desse Evangelho que estamos vendo por aí.
Outro dia, recebi uma ligação de meus familiares que moram no interior. Há mais de vinte anos atrás, no início de meu ministério, fui professor da escola bíblica dominical em um bairro muito pobre. As aulas eram ministradas na garagem da casa de uma irmã, local bastante simples e com poucos recursos. Para chegar a esse bairro, era preciso caminhar quase 13 quilômetros. Nos dias de chuva, era preciso muito mais do que fé para caminhar pela longa estrada de terra.
Mas ali havia um grande número de crianças que aos domingos pela manhã estavam firmes e fortes esperando o “tio” Paulo para contar as histórias de Jesus, e no final comerem a pipoca da “tia” Vitória.
Em meio a mais de 80 crianças, dois meninos se destacavam: David e Luis, meninos bastante pobres, criados pela avó, em meio a 9 irmãos. O pai presidiário, a mãe morando em outra cidade dizendo trabalhar, porém se prostituindo. David e Luis eram dois meninos bastante trabalhosos, expulsos de várias escolas, briguentos nas ruas, porém assíduos na escola bíblica. Eram os primeiros a chegar e os últimos a sair. Sempre tinham uma pergunta a mais. Seus olhos brilhavam com a história de Jesus.
Como disse no início, mais de 2o anos se passaram. Nesse telefonema, minha irmã me contou algo que muito me emocionou. Meu irmão foi visitar uma igreja, e lá estava um pregador, que disse meu irmão que se assemelhava muito a mim em seu modo de pregar. Esse jovem pastor começou a contar a história de sua vida. Contou que havia sido criado pela avó junto com 9 irmãos, e que tinha um irmão muito próximo a ele, com 2 anos de diferença, e que eles frequentavam uma escola bíblica. Com o passar dos anos, o irmão David se desviou do Evangelho e partiu para a vida do crime, sendo morto em confronto com a polícia aos 17 anos. Porém ele permaneceu no Evangelho, e disse que tudo quanto aprendera na escola bíblica foi alicerce para toda a sua vida. Hoje casado, com filhos, e pastor de uma igreja, disse jamais se esquecer do “tio” Paulo, que lhe ensinava as lições e as histórias de Jesus. Meu irmão muito se comoveu, porque se lembrou que o “tio” Paulo a quem ele se referia era eu.
Ao ouvir esse relato tão distante em meu passado, me lembrei: esse é o Evangelho puro e simples, que dá frutos ao tempo de Deus, e da forma como Deus bem quer, muito longe dos olhos humanos, para que esses não se envaideçam, mas ao contrário, creiam unicamente na ação de Deus. O Ap. Paulo dizia que para ele o viver é Cristo. Devemos viver para que o mundo veja Cristo através de nós.
É bom saber que minhas palavras são confirmadas por vidas transformadas, e não por momentos vazios de prosperidade material. Não possuo avião nem ternos e carros caríssimos, porém posso testemunhar que Cristo tem transformado vidas através do Evangelho.
Eu creio e também busco avivamento, mas eu creio que um avivamento sem transformação social e política não provém de Deus: são obras de homens, são barulho no meio do caos. Do Haiti vem exemplos de que o mundo necessita muito mais do que momentos de prosperidade pessoal, pois casas, palácios, tudo ruiu em questão de minutos. Necessitamos da paz verdadeira, daquela que o próprio Cristo disse que o mundo não pode dar, muito menos os pregadores da falsa prosperidade.
VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES.
O $HOW TEM QUE PARAR.

POR:http://pedrasclamam.wordpress.com/

sábado, 4 de janeiro de 2014

Dons Espirituais



PERSPECTIVA GERAL.

Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

(1) As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).

(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).

(3) É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).

(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21; ver o estudo PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO).

OS DONS ESPIRITUAIS.

Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.

(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).

(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).

(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20, nota sobre a fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).

(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados (ver o estudo A CURA DIVINA). Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15 notas).

(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2 nota; ver o estudo O REINO DE DEUS).

(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas (ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA). Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado. (b) Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).

(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (ver 14.29 nota; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5 nota) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1 nota), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.

(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14 notas; ver também o estudo O FALAR EM LÍNGUAS). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28; ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS).

(9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A VITÓRIA JÁ NOS FOI DADA



“Não temais, nem vos assustei por causa dessa grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.” 2Cr2:15
Você está passando por alguma batalha? Tem tentado vencer mas não consegue? Procurou ajuda mas não encontrou? Está muito pesado pra você e você já não está suportando? Eu tenho uma boa notícia pra você.
Todos os dias, todos nós enfrentamos batalhas de diferentes tipos e certamente você encontrará pessoas tentando te animar e dizendo que você precisa vencer, mas pasme, no vida com Deus as suas batalhas são resolvidas de outra maneira.
Lute para conseguir a vitória, e você terá perdido a batalha logo no início. Sua derrota se dá no momento em que começa a pensar que você tem de vencer.
Suponhamos que satanás invista em atacá-lo em sua casa ou em seus negócios. As dificuldades aumentam, as divergências surgem, uma situação que você não pode resolver nem da qual pode escapar ameaça esmagá-lo. Você ora, jejua, luta e resiste por dias, mas nada acontece. Por que? Voce está tentando lutar para obter a vitória e, ao fazê-lo, está cedendo o terreno que já é seu, pois, na pessoa de Jesus Cristo, Deus já venceu. Na verdade, a vitória é nossa porque ela é dEle, a vitória não é conquistada, ela é nos dada. Ele nos deu sua vitória para que a seguremos firme. Satanás é um inimigo vencido. Basta apenas um sopro do Senhor para acabar com ele, e aqui você está tentando produzir um furacão! Qual é, então, o segredo? Simplesmente olhe para o alto e louve-O, diga: “Tua vitória Senhor é completa, te louvo porque ela inclui esta situação que eu estou passando também!”. Apenas chame por Jesus que é a sua vitória, creia que Ele está te ouvindo agora mesmo e veja suas batalhas serem vencidas uma a uma. “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia.”
Descanse no triunfo que já lhe foi garantido por Deus e tenha a certeza de sua vitória.
Naor

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O homem de Deus



Em 1Tm6:11, o apóstolo Paulo usa a expressão – “HOMEM DE DEUS” - dirigindo-se a um jovem chamado Timóteo. Timóteo talvez estivesse passando por muitas pressões e possivelmente era um jovem com muitas fragilidades, mas certamente elas não podiam impedir que ele fosse esse Homem de Deus. Paulo via a Timóteo como um Homem de Deus, um Radical Livre.

Muitas vezes entre nós gostamos de nos referirmos aos irmãos com essa expressão, sem no entanto compreende-la plenamente; mas são estes, os jovens HOMENS DE DEUS, que poderão trazer o mover de Deus na nossa geração, estabelecendo assim, a vontade de Deus na terra.

Nós temos um encargo da parte de Deus para trabalhar com os jovens e isso não tem nada a ver com ocupar os sábados a noite com reuniões e eventos agitados, a fim de impedir que jovens sem propósito na vida, voltem-se para o mundo. Definitivamente não fomos chamados para sermos apresentadores de um programa do tipo “NAMORO NA IGREJA” aos sábados a noite e muito menos do tipo “EMBALOS GOSPEL DE SÁBADO A NOITE”.
Não estamos atrás de agitação e sim de edificação, como Paulo diz aos coríntios (2Co11:2) queremos prometer a Deus a igreja, como noiva, sem ruga e sem mácula, a um único noivo, o nosso Senhor Jesus. E temos a consciência que igreja não se edifica com crianças na fé, mas com jovens que são HOMENS DE DEUS, Radicais Livres.

O nosso encargo ao vir trabalhar com os jovens é de levantar a próxima e talvez a última geração de Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres da era dos homens caídos e sem Deus no mundo. Honestamente, nós cremos, e temos todos os motivos e evidências, para crer que essa seja, possivelmente, a última geração antes da volta do Senhor.

Fomos chamados para levantar e cooperar para a formação dos jovens Radicais Livres, dos HOMENS DE DEUS, dessa geração do avivamento, que há de preparar o caminho do Senhor. Os “Joãos Batistas” que não vivem uma forma exterior de expressão espiritual, mas que são cheios de realidade no espírito e que manifestarão a glória de Deus aos homens dessa geração promíscua e pervertida; jovens santos, completamente separados para Ele, que conhecem a Deus em intimidade e realidade, não são inimigos da cruz de Cristo, antes a conhecem por revelação sabendo que nela está a vitória, jovens que aprenderam a tocar o Senhor em adoração, sensíveis a Ele, obedientes aos pais e os servindo em honra, vivendo em relacionamentos emocionais separados da fornicação do namoro e optando pela “CORTE”, jovens que não estão ociosos, antes trabalham e concluem seus estudos até a universidade, como testemunho aos pais, se tornando modelos para os mais novos e sendo sal naquele lugar, são fiéis, servindo ao Senhor como líderes na igreja, possuindo sólido fundamento na palavra e não se deixando ser levados por toda sorte de doutrinas judaizantes, que varrem as igrejas no nosso pais ensinando forma exteriores de adoração, exigindo que se guardem dias de sábado e a volta para Jerusalém esquecendo que o verdadeiro Israel de Deus é a igreja, (para esses, exorta-nos o apóstolo Paulo: “Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” Cls2:16-17 NVI), jovens que conheçam o Senhor da palavra, jovens que são verdadeiros HOMENS DE DEUS.

Mas em fim quem é esse jovem homem de Deus? quantos são? Como devem ser? O que devem fazer? Você se julga ser?. Na carta a Timóteo obtemos essas respostas.
Paulo escreve a Timóteo como deve ser o caráter de um homem de Deus para que ele pudesse vencer – IITm2:2-6,15. Todos que querem ser homens de Deus devem ver e buscar tal caráter.

Caráter é o que somos quando estamos sozinhos. Os dons atraem os homens, mas o caráter atrai a Deus e estabelece quem somos no mundo espiritual. Deus trabalhará em nós para produzir um caráter aprovado e útil através de várias situações, lutas e guerras que travamos no nosso viver diário (rios, ventos e chuvas) – 1Co3:10-15, Mt7:24-27

Se formos para Deus, Ele trabalhará em nós e nos dará um caráter aprovado. O caráter move a Deus. Não temamos o enfraquecer, pois Deus tudo fará.
Para explicar, Paulo lança mão de Exemplos e nós queremos ver cada um deles (IITm2:2-6,15).

O primeiro que vemos é que esse homem de Deus deve ser um MESTRE FIEL, transmitindo com fidelidade e precisão o que recebeu (nem mais, nem menos), isso é simplicidade. Mas para sermos tal mestres duas coisas são essenciais: alimentar-nos com a palavra –Itm4:6 e seguir de perto os ensinamentos apostólicos, a prática da palavra – IITm3:10.

O Transmitir a homens fiéis fala de termos um zelo para com todos e negarmos a vida da alma, abandonando toda auto capacidade, as experiências antigas e o não querer aprender com outros (quem não pode aprender, não está apto para ensinar – enquanto estamos verdes podemos amadurecer, mas quando achamos que já estamos maduros, estamos prestes a apodrecer e cair). Quando somos cheios de nós, analisamos e ensinamos de acordo com nossos conceitos (errados), por isso, o homem de Deus deve abandonar opiniões e preferências pessoais, a fim de ensinar com imparcialidade. 

Esse homem de Deus que ensina deve antes saber ouvir atentamente, ouvir a Deus no espírito, saber ouvir os irmãos, ouvir em oração – sem prevenção ou parcialidade; precisa ainda ser preciso no que transmite não sendo “evangelástico”, transformando sua igreja de 3.000 membros em quase 5.000, são sim, sim e não, não; e por fim, deve aprender a gastar muito tempo com a palavra (Watchman Nee lia o N. T. todas as semanas – você já leu a bíblia toda ao menos uma vez?)

O homem de Deus não é aquele que está passando conhecimento em uma sala de discipulado, antes, é aquele que tem o encargo e a consciência de que carrega dentro de si tesouros em Deus e foi chamado para transferir seu “DNA” espiritual à aqueles que o Senhor tem colocado ao seu lado.

O homem de Deus em segundo lugar é um BOM SOLDADO – IITm2:3, possui um caráter treinado, sabe o que é obediência e sobrevivência em qualquer situação, está apto para as duras provas. Para se tornar bom soldado, precisamos disposição para sofrer o “treinamento”, Paulo estava sofrendo e desafiou Timóteo a sofrer com ele.
A vida cristã não é um mar de rosas, nem tanto um mar de sofrimentos, somente quando é preciso – 1Pe1:6, e nos sofrimentos temos comunhão com o Senhor – Rm8:17, Fl 3:10. Paulo não procurava o sofrimento, mas se alegrava quando vinha, pois sabia dos resultados. Para sermos bons soldados, precisamos nos armar com a disposição mental para o sofrimento e então não desfaleceremos quando ele vier – IPe4:1.

Vimos que o homem de Deus não se envolve em negócios dessa vida – 1Tm2:4, esta tempo integral, mesmo que esteja trabalhando fora, está pronto a todo tempo, está desprendido de tudo – 1Co7:29-32 e não possui o coração sobrecarregado com as coisas dessa vida – Lc21:34. É como diz Paulo, está vivendo como se não vivesse, comprando como se nada possuísse... É possível estar trabalhando secularmente e servindo ao Senhor cheio do Espírito. 

O motivo do viver desse jovem Homem de Deus é satisfazer aquele que o arregimentou – 2Tm2:4. Não vamos a guerra por prazer, mas por convocação; o responder satisfaz ao que o arregimentou, uns todavia, preferem satisfazer ao namorado, aos amigos, pais e irmãos ou a si mesmo. O homem de Deus, porém, vive para satisfazer ao seu Senhor – nisso está o seu galardão.

Vivemos a geração do evangelho voltado para satisfazer ao homem – “venha para Jesus!!! E fique rico, e isso e mais isso e mais isso, tudo para você, você e você”, nada de errada, mas nós porem fomos chamados para pregar o evangelho genuíno da cruz, que coloca o satisfazer ao Senhor que nos arregimentou antes de nós mesmos – 

“Busque o reino de Deus em primeiro lugar e todas as outras coisas te serão acrescentadas...”. 

Esse homem de Deus combate o bom combate – 1Tm6:12a, combate heresias, luta pelas verdades da palavra sem no entanto contender teologia – 2Tm2:24,25, conhece autoridade e submissão, pois não há bom soldado que não se submeta aos superiores; os Homem de Deus submete-se ao Senhor e aos irmãos, pois ele sabe que não há autoridade delegada, sem antes submissão praticada; ele é vigilante, vigia no espírito, por isso estará apto a ser arrebatado – Lc12:37-43. 

Temos um caráter terrível – precisamos ir a Deus para sermos mudados.
Um terceiro aspecto do homem de Deus é que ele é um atleta vencedor (2Tm2:5) e isso nos fala de dedicação e treinamento, ele tem o seu caráter desenvolvido, treinado e exercitado.

Ele é treinado no falar da parte de Deus, não por causa da sua eloqüência, mas por que foi exercitado em Deus. O homem de Deus precisa exercitar e ser treinado no seu espírito. É aquele que segunda a palavra de Deus “tem as suas faculdades espirituais exercitadas para discernir não somente o bem mas também o mal”.
Sabemos que há dois tipos do exercitar (1Tm4:7-8), um físico e um espiritual, na piedade; o físico é bom, mas para pouco aproveita diz a bíblia, não significando porém que deveríamos nos relaxar nisso. Penso que o homem de Deus não deveria permitir ao seu corpo físico o relaxo e a indisciplina, porém, o negligenciar o exercitar da piedade é inadmissível.

Nós estabelecemos em Goiânia uma vez a cada dois meses uma reunião radical com 12 horas ininterruptas de duração, onde fazemos a leitura pública da palavra por uma hora, oramos por mais uma hora e adoramos pela terceira hora, e assim giramos até completar as 12 horas de avivamento; estamos ensinando o exercitar da piedade no espírito através da palavra, da oração, adoração e do jejum. Estamos trabalhando para formar vencedores, jovens que sejam HOMENS DE DEUS. 

Como Paulo estamos correndo para ganhar o prêmio, alcançar a coroa (Fl3:13,14 e 1Co9:25-27), por isso temos a consciência da necessidade do domínio próprio de um atleta, que domina o corpo, tem dieta espiritual sadia, treinamento e descanso apropriado, porém nunca perdendo a visão do prêmio.
Corremos conforme as regras da palavra de Deus, porém temos a consciência que a nossa corrida é de “revezamento 4x100”, é em equipe, sabemos que não venceremos só, fomos chamados como um corpo (2Tm4:6-8).

Em 2Tm2:6, o homem de Deus é um “Lavrador que Trabalha” e como tal possui incansável dedicação no trabalho a terra, diligência e perseverança, esse é o quarto aspécto. São lavradores que trabalham a palavra, não sendo rasos no ensinar, mas aprenderam a escavar em Deus afim de serem achados aptos para servir comida sólida e não apenas leite. 

Como lavrador, o homem de Deus é paciente e sabe esperar o tempo para a planta (o novo irmão) crescer, tem consciência de que isso não é automático. Todo lavrador é generoso no ofertar (2Co9:6,7), pois ele sabe que quem muito semeia, muito colherá. Está sempre atento, sabe que cada instante é perigoso: a chuva, o calor excessivo, a praga, tudo pode levar a colheita a se perder, por isso é necessário ao lavrador trabalhar dia e noite.

Nós somos a lavoura de Deus e como seus lavradores somos chamados a diligencia (Rm12:11). Servimos a Deus com zelo e fervor, vencemos a preguiça e a indolência (Pv26:13-15).Precisamos rejeitar nosso caráter preguiçoso para sermos lavradores que trabalham com zelo e diligência.
E por fim chegamos ao quinto e último aspecto do que deve ser o caráter de um jovem homem de Deus.

Ele deve ser um obreiro que não tem do que ser envergonhar (2Tm2:15)
Sua vida, seu casamento, escola, trabalho, dívidas e compromissos são irrepreensíveis, não há nada que o faça se envergonhar, seu testemunho natural é também positivo.

Paulo diz também que esse homem de Deus deve manejar bem a palavra da verdade, seu falar deve ser totalmente baseado na pura e reta palavra de Deus e não nas suas próprias interpretações ou em tradições humanas, a bíblia explica a bíblia. Ele evita conversas inúteis e profanas (2Tm2:16,17) que como câncer gradativamente se espalha para destruir o corpo.

Timóteo foi chamado de servo e apóstolo. O homem de Deus não é simplesmente um irmão que serve em uma cidade, é um servo de Deus, um enviado de Deus e serve às igrejas. Existimos para abençoar o corpo.
Não podemos ser subjetivos, que pensa e age à sua própria maneira, não dá ouvido a outros e nem ouve o que pensam, que julga tudo subjetivamente, analisa, decide e determina tudo sozinho, é independente.

O homem de Deus possui um caráter humilde e aceita a opinião dos outros. Pessoas subjetivas gostam de interferir nos problemas pessoais dos outros. Podemos emitir opiniões, mas não sejamos senhores dos outros, não decidimos por elas, nem controlamos suas vidas.
Paulo sempre recomendou cautela a Timóteo – 1Tm5:22
Para que sejamos jovens que não tem do que se envergonhar temos que considerar os tipos abrangidos nessa palavra:

 Mestre fiel
 Bom soldado
 Atleta coroado
 Lavrador que trabalha

Se quisermos ter o caráter de Cristo, de homem de Deus, precisamos levar esses assuntos em oração diante do Senhor, meditar nessas coisas e colocá-las em prática.
Se quisermos ser aprovados como vencedores, não pode haver em nós nada que nos possa envergonhar

Essa palavra diz respeito a todos que servem ao Senhor, ninguém está excluído.
Se constantemente estivermos ponderando nessa palavra e permitindo que ela nos exponha e corrija, certamente seremos homens de Deus que não tem do que se envergonhar, jovens vencedores.

Avalie hoje sua vida e se coloque diante de Deus em humilhação, arrependimento e clamor, para que pelo seu Espírito, pela Sua palavra e circunstâncias Ele possa formar em nós o seu caráter. 

Por Naor Pedroza